A Enciclopédia Católica acrescenta:
“A igreja, por sua vez, depois de mudar o dia de descanso do sábado judeu, ou o sétimo dia da semana, para o primeiro, fez o terceiro mandamento se referir ao domingo como o dia de guarda a ser observado como dia do Senhor”.
Sábado X Domingo
Em Daniel 7, existe uma
descrição de um poder que se levantaria nos primeiros séculos da era cristã.
Ele uniria a igreja e o estado.
Este poder usurparia a autoridade
de Deus. Alegaria ter poder para mudar a Lei de Deus. O livro de
Apocalipse prediz que Satanás tentaria enganar a igreja
Cristã: “O dragão foi
lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada
Diabo ou Satanás,
que engana o
mundo todo” (Ap 12.9a).
Obediência a Deus
Ao ler Apocalipse 1.10,
vemos que o
Senhor tem um dia.
Lucas 6.5 diz
que o Filho
do Homem é
Senhor do Shabbath. Então,
quem mudou o
dia do Senhor
para o domingo? O
próprio Deus diz: “Eu,
o Senhor não mudo” (Malaquias 3.6) e
“Jesus é
o mesmo, ontem,
hoje e para sempre” (Hebreus 13.8). Vemos,
com isto, que os
ensinamentos de Jesus são eternos e, certamente, Ele não se colocaria contra as
Leis de seu Pai, tampouco daria a seus discípulos autoridade para fazê-lo.
Pedro diz às autoridades romanas: “É
preciso obedecer antes
a Deus do
que aos homens”(Atos 5.29).
Lendo Daniel
7.2-3, temos: “Em
minha visão à noite, eu vi os quatro ventos do céu
agitando o grande mar. Quatro grandes animais, diferentes uns dos outros,
subindo do mar”. Estes quatro grandes animais são quatro reinos que se
levantarão na terra (verso 17) e o quarto animal é um reino que aparecerá na
terra (verso 23). Em Daniel 2, Nabucodonosor, rei de Babilônia, sonhou com uma
grande estátua, que representava
os poderes mundiais,
Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma.
O quarto
império representa o
Império Romano.
Esse período nos leva
ao tempo de Cristo. A Bíblia descreve o colapso desse império de forma clara
através do símbolo dos pés da imagem e dos dez chifres do quarto animal. Roma
foi dividida em dez territórios principais. As tribos bárbaras varreram o
império, saquearam e levaram espólios, destruindo vilas e ocupando cidades. O
Império Romano foi dividido. As tribos bárbaras o seccionaram em pequenos reinos.
Os anglo-saxões se estabeleceram na Inglaterra. Os francos, no território da
França. Os germânicos, na região da Alemanha. E
outras tribos do
norte se espalharam
pelo império, dividindo o território
mais ou menos da forma como é hoje. Em
seguida, Deus revela
como a apostasia
se infiltraria na igreja
no tempo em
que o Império
Romano estava sendo devastado pelas tribos bárbaras do norte.
A profecia em Daniel 7
revela claramente o conflito em torno da adoração e mostra, de forma precisa,
como o Shabbat foi mudado. Algo surpreendente ocorreu entre dos dez chifres.
“Enquanto eu considerava os chifres, vi outro chifre, pequeno, que surgiu entre
eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse
chifre possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca que falava com
arrogância”(Daniel 7.8).
Analisando o pequeno
chifre
Em primeiro lugar
Ele surge no meio dos
dez primeiros. Se os dez chifres
são as divisões
de Roma, o chifre pequeno necessariamente surge na
Europa ocidental.
Em segundo lugar
Ele surge depois dos
dez chifres. Surge após o Império Romano e a partir de Roma.
Em terceiro lugar
Ele possui olhos, que
representam a sabedoria humana.
Em quarto
lugar
Ele seria
diferente dos outros reinos. Aqui, não se trata de um poder
político em primeira instância, mas sim, um poder político religioso, que
tentaria mudar a própria Lei de Deus. “Ele falará contra o Altíssimo,
oprimirá os seus
santos e tentará
mudar os tempos
e as leis” (Verso 25). Aqui diz
que ele tentará mudar, não que ele conseguiria. Mas esse poder pensaria possuir
tal poder. Na tentativa de
agradar os pagãos
que estavam entrando na
igreja em grande
quantidade e de
tornar o cristianismo mais
aceitável ao império, esse poder romano procurou modificar a lei de Deus. A
mudança do Shabbat ocorreu de forma
gradual, durante um
longo período no tempo.
Ela resultou de
uma série de
fatores sociais e religiosos.
O primeiro dia da
semana foi mudado pelos pagãos para domingo, pois era o dia no qual eles
adoraram o Sol. A adoração ao Sol era comum no Egito, Babilônia, Pérsia e Roma.
No quarto século, o
imperador romano Constantino também era influenciado pela adoração do Sol. Ele
desejava unir seu império.
Como poderia conseguir
tal façanha? Constantino
promulgou um decreto para promover um dia comum
de descanso em
toda a extensão
do império. Sua intenção clara era promover a união entre
pagãos e cristãos em seu reino.
O decreto
do imperador data
de 321 d.C.
Ele ordena “Que os juízes e o povo das cidades, bem como os
comerciantes, repousem no venerável dia do Sol”, que era o domingo. Na
tentativa de cristianizar os pagãos, igreja e império se uniram. A declaração
a seguir foi
publicada em março de 1894 por The Catholic World: “O Sol
era o deus mais importante entre os pagãos. [...] Existe, de fato, algo real no
Sol que faz dele uma representação adequada de Jesus, o Sol da Justiça.
Portanto, a igreja desses países parece ter dito: Mantenhamos o
velho nome pagão.
Ele deve permanecer consagrado, santificado. E assim o
domingo pagão, dedicado a Balder, se tornou o domingo cristão, consagrado a
Jesus”.Como a Igreja
romana queria se
distanciar do judaísmo, pois
havia um sentimento antissemita no Império Romano, isto contribuiu para a
mudança do Shabbat para o domingo. O cânon 29 do Concílio de Laodiceia
reconfirmava a guarda do domingo e anatematizava a guarda do Shabbat. Através
deste decreto, o concílio da igreja estava proibindo os cristãos
de descansar durante
o Shabbath e
deveriam trabalhar neste dia.
Daniel 7.25 nos diz que
um poder vindo de Roma tentaria mudar a lei do Senhor. Há fontes católicas
romanas que reconhecem a
igreja como responsável
pela mudança do sábado. O
periódico The Catholic Mirrior afirmou, em sua edição de 23 de setembro de
1893, que: “A Igreja Católica, mais de mil anos antes da existência do
protestantismo, em virtude de sua divina missão, mudou o dia de sábado para o
domingo”.
A Enciclopédia Católica
acrescenta:
“A igreja,
por sua vez,
depois de mudar
o dia de descanso do sábado judeu, ou o sétimo dia
da semana, para o primeiro, fez o terceiro mandamento se referir ao domingo como
o dia de guarda a ser observado como dia do Senhor”.
A Igreja
Católica de Santa
Catarina, em Algonac, Michiga,
publicou em seu boletim de 21 de maio de 1995: “Talvez a decisão mais ousada e
mais revolucionária tomada pela igreja
tenha acontecido durante
o 1° século.
O dia santo, o sábado,
foi transferido do sétimo dia para o domingo. [...] Não por qualquer
direcionamento encontrado nas Escrituras, mas pelo senso da igreja de seu
próprio poder”. O cardeal James Gibbons foi um dos mais importantes teólogos
católicos do século 19.
No livro The Faith of our Father, ele declarou:
“Você
pode ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse e não encontrará uma única linha
autorizando a santificação do domingo. As Escrituras defendem a observância
religiosa do sábado”.
Refutação a teólogos
Certos teólogos
afirmam que muitas
passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente
aos judeus. Êxodo 31.12-18 diz
que Moisés e
todo o povo
de Israel deveriam guardar o Shabbath do Senhor, porque era um sinal
entre Deus e Seu povo. O mesmo é dito em Deuteronômio 5.1-3,12 que diz para o
povo guardar o Shabbath e o santificar. Segundo Álvaro, a aliança que incluía o
dia do Shabbath foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém
mais.Eles dizem que,
às vezes os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da
criação (Gênesis 2:1-3). E daí, deduzem que aos homens foi ordenado guardar o Shabbat
desde o tempo da criação. Mas nenhuma passagem afirma isso. De fato, a primeira
vez que lemos sobre homens guardando o Shabbath, ou um mandamento para os
homens guardarem o Shabbath, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado
os israelitas para
fora do Egito.
Gênesis 2 mostra que Deus
descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia.
Ao ler
o texto de
Gênesis 2, temos: “E
abençoou Deus o dia sétimo e o santificou”. Até este momento, não diz
que o dia sétimo é o Shabbat e nem o dia do Senhor. Mas ao ler Êxodo 16.26,
Moisés diz que o sétimo dia é o Shabbat e, antes desta narração, Moisés instrui
o povo ao que deveria fazer antes deste dia. Nos versos 21 a 24 o povo é
instruído a colher no sexto dia uma medida equivalente a um dia. E no Shabbat
não o encontrariam no campo, pois este dia era do Senhor.
Segundo Álvaro, o Novo
Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a
lei do Velho Testamento. Dentro deste conceito, estamos livres de todas as
regras, normas e preceitos dados por Deus para o homem. Toda a lei foi entregue
a Moisés para um povo e este povo teria de servir de exemplo para os outros
povos. Jesus baseou todo o seu ministério nas leis do Antigo Testamento, pois o
Novo Testamento estava nascendo com Cristo. Observando o
evangelho de Lucas,
podemos ver como ele trata a
questão de Jesus e a Lei. Lucas 5.14, mostra Jesus dizendo ao leproso curado
para cumprir os preceitos de Moisés para a purificação, servindo, assim, de
testemunho para o povo. Em 10.25-28, um jovem pergunta a Jesus o que deve fazer
para herdar a vida eterna e Jesus responde com uma confirmação da Lei
(Deuteronômio 6.5). Em 11.42, os fariseus deveriam dar o
dízimo da hortelã, arruda e hortaliças, sem negligenciar a justiça e o amor de
Deus. Uma coisa não exclui a outra. Em 16.17,18 parece declarar explicitamente
que nem mesmo o menor traço de escrita pode ser removido da lei; essa afirmação
é confirmada pela intensificação de preceito sobre o casamento. Em 16.29, é
dito ao homem rico que seus irmãos têm Moisés (Pentateuco) e os profetas (ditos
maiores e menores). Fica implícito que os ensinamentos da lei acerca do uso
correto das riquezas são claramente visíveis e permanentemente válidos. Em
18.18-21, um homem rico pergunta o que deve fazer para herdar a vida eterna e
Jesus responde com uma declaração da lei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário